sábado, 13 de agosto de 2011

Subsídios Escola Bíblica - Lição 07 - A Beleza do Serviço Cristão

 Texto Áureo
“Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. (Jo 13.14).
– Senhor e Mestre, um título duplo dá especial significação à reivindicação de Cristo sobre a vida dos discípulos. Posteriormente, em 20.28, eles o chamarão Senhor em reconhecimento de sua divindade [1]. Jesus, provavelmente, não estivesse procurando instruir uma prática literal para ser observada continuamente na Igreja, embora alguns achem que fosse o caso. Mas ele demonstra uma grande preocupação para com o verdadeiro significado da serventia seja bem compreendido, que ninguém a julgue abaixo da sua dignidade para realizar a mais baixa das tarefas para os outros. Por fim, a serventia é uma disposição do coração e do espírito, que se expressa através de ações concretas [2].

Verdade Prática
A vida cristã só faz sentido neste mundo quando servimos a Deus e ao próximo em perfeito amor.

Leitura Bíblica em Classe
João 13.12-17/ Atos 2.42-47

Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar as características do servo de Cristo;
- Compreender que o serviço cristão engloba a relação com Deus e o próximo, e
- Explicar qual é a missão da Igreja no mundo.

Palavra-chave
SERVIÇO
Ato ou efeito de servir; Préstimo; trabalho; proveito; utilidade; uso; Exercício de funções obrigatórias; Ação útil e benéfica. [Liturgia] Ofício. Ato ou efeito de servir.

Comentário

(I. Introdução)
Havia uma tradição entre os antigos habitantes do oriente médio que consistia em lavar os pés dos convidados. Depois que o convidado chegava era cumprimentado, um escravo removia suas sandálias em preparação para o lava-pés e para que as sandálias não trouxessem o pó apanhado ao longo do caminho para dentro de casa. Os pés eram então lavados por um escravo, que derramava água sobre eles, os esfregava com as mãos e secava com uma toalha (Gn 18.4; 19.2; 24.32; 1Sm 25.41; Jo 13.3-5; 1Tm 5.10). A seguir, a cabeça do convidado era ungida com azeite de oliva, perfumado com especiarias - Davi faz referência a esse costume no Salmo 23.5. Estas cortesias foram negligenciadas por Simão quando Jesus compareceu ao banquete em sua casa (Lc 7.46) [3]. Jesus ao realizar um trabalho que estava reservado aos escravos e serviçais, se coloca em posição destes para exemplificar que nenhum trabalho desenvolvido em prol do próximo é degradante demais ou indigno. É altruísmo no mais alto grau. Altruísmo não é sinônimo de solidariedade como muitos pensam, é um conceito muito mais amplo. É um conceito que se opõe ao egoísmo, é a atitude de viver para os outros. É a verdadeira identidade do cristão! Boa Aula!

(II. Desenvolvimento)

I. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO

1. Amor. A Igreja é caracterizada por um termo grego que nos é comum, qualquer que seja ramo de cristianismo – agapaõ e seu substantivo correspondente ágape; Amor incondicional, amor por escolha e por um gesto de vontade, ágape não procura nada em troca, não depende de química, afinidade, ou sentimento. Estes dois termos são utilizados no Novo testamento para: (a) descrever a atitude de Deus para com seu Filho (Jo 17.26); para com o gênero humano, em geral (Jo 3.16; Rm 5.8); e para com aquele que crê no Senhor Jesus Cristo, em particular (Jo 14.21); (b) transmitir Sua vontade aos Seus filhos concernente à atitude deles uns para com os outros (Jo 13.34), e para com todos os homens (1Ts 3.12; 1Co 16.14; 2Pe 1.7); (c) expressar a natureza essencial de Deus (1Jo 4.8). O amor só pode ser conhecido pelas ações que o instiga. O amor de Deus é visto no presente do Seu Filho (1Jo 4.9,10). Mas obviamente este não é o amor de satisfação, prazer, autocontentamento ou afeto, isto é, não foi obtido pela excelência de seus objetos (Rm 5.8). Foi um exercício da vontade divina em escolha deliberada, feito sem causa designativa, exceto o que se acha na natureza do próprio Deus (cf. Dt 7.7,8) [4]. Assim como Deus usou do seu amor, de forma altruísta, sem que merecêssemos, o crente deve demonstrar seu amor não apenas aos da fé, mas a todo homem, até mesmo àquele que mantém atitude rude e contrária a nós. Possuir o amor de Deus resulta em confiança destemida em relação a Deus e ao amor pelos irmãos. O crente que conhece esse amor não teme a morte e o juízo, mesmo neste mundo, somos como Cristo é. Na teologia desenvolvida por João, a fé, o amor e a obediência se relacionam um com o outro. A fé nos leva a um relacionamento amoroso com Deus, e o amor por ele leva ao amor por outros crentes e à obediência de seus mandamentos. Eles não são pesados, pois os benefícios práticos da obediência a todas as leis de Deus contribuem totalmente com o proveito e a realização humana daqueles que aprendem a sua aplicação para a vida. Nossa fé traz vitória sobre o mundo, fornecendo uma arma espiritual através da qual podemos combater tanto as tentações quanto as perseguições da sociedade ímpia [5]. Embora não sejamos semelhantes à Cristo quanto a uma obediência perfeita de nossa parte, somos semelhantes a ele em nossa orientação básica e nos distinguimos como ele o fez em relação ao mundo em geral (Jo 17.16).

2. Compromisso.
 (latim compromissum, -i, particípio passado de compromitto, -ere, comprometer) Obrigação contraída entre diferentes pessoas de sujeitarem a um árbitro a decisão de um pleito. Promessa mútua. Comprometimento. Compromisso é a forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém, com algum objetivo. Há diversos tipos de compromissos, como por exemplo: compromisso religioso, compromisso amoroso, compromisso de negócios. Compromisso é, portanto, uma responsabilidade adquirida em virtude de uma afirmação verbal ou escrita, feita por nós mesmos. A expressão “ter um compromisso” significa estar ocupado em uma data, ou ter um vínculo ou acordo com alguém. A palavra deriva de “promessa”, ou seja, “com promessa”. Quer dizer que quando há um compromisso há uma promessa [6]. Como canta Régis Danese na sua canção ‘Compromisso’: ‘Pois eu confio nas promessas/Que Tu tens pra mim/Eu faço compromisso/De ser fiel a Ti, até o fim’, aquele que decide pelo Senhor precisa estar disposto a batalhar: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34). Isto significa que é necessário tomar decisão e se apresentar comprometido com os negócios do Reino. O maior preconceito é você não assumir quem você é; e a maior incompetência é você deixar de fazer o que pode e o que sabe. Nós fomos levantados com uma missão. Só Ele pode nos deter, os homens nunca poderão. Não há poder infernal que pode deter um servo de Deus fiel e comprometido.

3. Humildade.
 Humildade vem do Latim humilitas, -atis: pequenez, modéstia, qualidade de humilde; capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações. É o inverso de altivez, arrogância e orgulho. É demonstração de respeito, submissão, deferência e reverência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. Como disse o poeta espanhol Miguel de Cervantes: “A humildade é a base e o fundamento de todas as virtudes e sem ela não há nenhuma que o seja”, e como isso deve ser verdadeiro na vida do cristão, que sabe que tudo o que possui não vem de si mesmo, mas de Deus, como Paulo que, escrevendo 2Co 3.4, 5 e 6, afirma: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento…”. Ele não se vangloriava, mas mostrou a quem pertence o crédito por todas as suas realizações em prol do Evangelho; Paulo expressou sua humildade diante de Deus. Não podemos reivindicar que temos agido de forma adequada sem a ajuda de Deus! Não somos suficientemente competentes para desempenharmos as responsabilidades do chamado de Deus por nossa própria força. Sem a habilitação do Espírito Santo, nosso talento natural, e até a graça comum que foi dada a todo homem, pode nos levar somente a certo ponto. Como testemunhas de Cristo e representantes do Reino, precisamos do caráter e da força especial que somente Deus pode dar. Para desempenharmos o serviço do Senhor é imperativo que haja humildade no coração: “O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus” (Mq 6.8). (Veja Pv 4.23; Mt 15.19; Fp 2.13; Tg 4.10; Lc 22.26; 1Pe 5.5,6). Jesus tem muito a nos dizer sobre humildade. E não é de se admirar, pois foi o orgulho que causou a primeira ruína do ser humano. Como o Novo Adão, Jesus exemplificou esse aspecto da vida de justiça. O ser humano caiu, pois presumiu seu próprio caminho acima do de Deus, mas a piedade restaurada exige que o ser humano faça o oposto e se humilhe perante a vontade e caminho de Deus. Então, a verdadeira exaltação e reconhecimento dados por Deus virão para aqueles que menos os esperam e que menos os procuram, assim, o crente deve: renunciar a qualquer forma de retaliação. Deixe qualquer vingança para Deus; Amar por opção e não por circunstancias. Deixe os maus tratos dos outros relembrá-lo a superar o mal deles através do amor; Perdoar diariamente aqueles que pecaram contra você. Humilhe-se. Seja cauteloso com o grave perigo do orgulho e da arrogância. Evite empenhar-se por reconhecimento público e promover a si próprio ou o seu ministério. [7].
Sinopse do Tópico (1)
O amor, o compromisso e a humildade são características dos servos de Cristo.
II. O SERVIÇO CRISTÃO

1. Ordenado pelo Senhor. “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34). Os romanos, o publico alvo do evangelho de Marcos, sabiam o que significava carregar uma cruz sobre os ombros. A morte na cruz era uma forma de execução usada pelos romanos para os criminosos mais perigosos. O prisioneiro carregava o madeiro até o local de execução, isso significava submissão ao poder de Roma. Jesus fez uso da imagem da cruz sendo carregada para ilustrar a suprema submissão exigida de seus seguidores. Carregar a cruz diz respeito ao esforço heróico necessário para seguir a Jesus em todos os momentos, fazendo a vontade dele, em meio às dificuldades do presente e quando o futuro parecer pouco promissor [8]. O verdadeiro discipulado exige compromisso total sem distração ou acomodação. Precisamos compreender que Jesus exige de nós uma lealdade para com ele maior do que a lealdade para com qualquer outro ser humano, isso significa submetermos nossos próprios interesses em favos dos de Deus. Reconheçamos que Jesus nos chama a irmos até pessoas de todas as nações e ensiná-las a conhecê-lo e a viver para ele, ensinar que ele deve ser o centro de toda a sua vida. (Veja Mt 10.17-20; 34-36; Lc 12.51-53; Mc 8.34-36; Mt 28.18-20). Seria impossível entender a natureza e o caráter verdadeiro da Igreja sem reconhecer que ela, desde o seu início, tem recebido poder e orientação do Espírito Santo para desenvolver o serviço cristão.

2. Em relação a Deus. A Igreja também é chamada a ser uma comunidade adoradora. O termo ‘adoração’, no inglês antigo, denota a pessoa que recebe honra proporcional à sua dignidade. A adoração genuína é caracterizada quando a Igreja centraliza a sua atenção no Senhor, e não em si mesma. O termo grego comum para ‘adorar’, proskuneõ, significava originalmente ‘beijar em direção a’, e pode ter sido usada no sentido de beijar os pés de um superior. Chegou a significar ‘curvar-se em reverência e humildade’; no Novo Testamento, é usada no tocante à adoração e louvor a Deus, atribuindo-lhe glória (Ap 11.16,17). Quando Deus é adorado exclusivamente, os crentes que assim o adoram são invariavelmente abençoados e espiritualmente fortalecidos. A adoração não deve ser limitada apenas aos cultos regulares da congregação. Na realidade, todos os aspectos da nossa vida devem caracterizar-se pelo desejo de exaltar e glorificar ao Senhor, no dizer de Paulo, ‘Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (1Co 10.31) [9].

3. Em relação ao próximo. A Igreja também é uma comunidade chamada para agir com solicitude e responsabilidade sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros tenham receio de se tornarem modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento social. Haveria fundamento para tal receio se esse tipo de obra fosse levado a extremos mal intencionados e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes desse mundo (Mt 25.31-46; Lc 10.25-37). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17; Mq 6.8) quanto nas epístolas neotestamentárias (Tg 1.27; 1Jo 3.17,18). Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus. Assim como em todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus [10].
Sinopse do Tópico (2)
O serviço cristão ordenado pelo Senhor compreende a relação do homem com Deus e o com o próximo.

III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO

1. Proclamar a Palavra de Deus. O propósito do Senhor não era que a Igreja apenas existisse como finalidade em si mesma, para se tornar, por exemplo, simplesmente mais uma unidade social formada por membros de mentalidade semelhante. Pelo contrário, a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com o poder do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus. A parte central das últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, antes de sua ascensão, foi a ordem de evangelizar o mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). É importante frisar que Cristo não abandonou os crentes à sua própria capacidade ou técnica, mas ele comissionou-nos a ir com a sua autoridade e no poder do Espírito Santo (Mt 28.18; At 1.8). Para isso, é imperioso que se lance mão de todos os meios possíveis para difundir as boas novas do Reino, penetrar os locais inacessíveis. O The Christian Post obteve os comentários de algumas pessoas sobre o uso da Internet como ferramenta de evangelismo: ‘Marina Menezes, publicitária recém formada, afirma que já evangelizou colegas pelo MSN. “Não é difícil falar pela internet. Ainda mais quando é uma pessoa próxima. Sempre é bom falar de Jesus”, afirma. O estudante Rafael Morales também já compartilhou experiências com Deus pela ferramenta. “é uma forma legal de passar as coisas, pois é dinâmico”, ressalta; O meio chega a render até conversões, segundo Gilson de Oliveira, que lidera um grupo de jovens em uma Assembleia de Deus. “Já consegui levar uma pessoa a fazer a oração de entrega pelo MSN e ela está firme com Jesus até hoje”, declara’. Não é em vão o comentário do Pr. Rick Warren, fundador da Saddleback Church, sobre o Facebook. Para ele, se a rede fosse uma nação, hoje figuraria como a quarta maior do planeta [11].
2. Viver em comunhão. O termo comunhão, do grego koinonia, significa compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade. Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo. Em koinonia, o indivíduo compartilha o vínculo comum e íntimo de companheirismo com o resto da comunidade cristã. Koinonia une os crentes ao Senhor Jesus e uns aos outros. O crente é exortado a amar de um modo especial a todos os outros crentes verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica quer não. ‘Um novo mandamento… que vos ameis uns aos outros’ (Jo 13.34), é novo porque apresenta um novo padrão – o amor de Jesus. O amor zeloso, altruísta que os cristãos demonstram uns aos outros testemunham ao mundo que eles são verdadeiros cidadãos do Reino de Deus. O mundo irregenerado nota que os crentes constituem uma comunidade diferenciada pelo fato de que, as características exigidas do cidadão do Reino não são fáceis de praticar. É por isso que as pessoas nos notam quando o fazemos e sabem que somos capacitados sobrenaturalmente. É imperioso que os crentes vivam em comunhão!

3. Servir a Deus e ao próximo. ‘E, servindo eles ao Senhor…’ (At 13.2). Este é o comissionamento do grande ministério apostólico de Paulo. Servindo traduz um verbo usado pelo serviço sacerdotal oficial. Aqui refere-se ao seu ministério da adoração pública. O termo grego leitourgeo pode ser traduzido como realizar atos religiosos ou de caridade, cumprir uma tarefa, realizar uma função, oficiar como sacerdote, servir a Deus com orações e jejum. A palavra descreve o sacerdócio arônico ministrando serviços levíticos (Hb 10.11). Em Rm 15.27, é usado para atender necessidades financeiras dos cristãos, realizar um serviço ao Senhor ao fazê-lo. Aqui, os cristãos de Antioquia estavam cumprindo uma tarefa e dispensando uma função normal ao ministrar ao Senhor através de jejum e orações [12]. Aqueles crentes, mesmo estando longe dos seus irmãos de Jerusalém, resolveram enviar sua ajuda para atender as necessidades daqueles crentes distantes - um princípio que a igreja faria bem em observar hoje; o amor é mostrado não somente em um gesto heróico de dedicação, mas em uma vida diária de compaixão e de serviço. O Reverendo Hélio G. Paulo escreve em seu artigo intitulado ‘Servir no Reino de Deus’, disponível no site ‘ipmaracana.com.br’: ‘Servir a Deus é servir no reino. É aqui na terra que servimos ao Senhor, junto com os nossos semelhantes. Na passagem do grande julgamento, Jesus virá na sua majestade, se assentará no trono e julgará, separando as ovelhas dos cabritos e falará: tive fome e me deste de comer, sede e me deste de beber. Essa questão impressiona tanto que os justos perguntarão: quando foi que o vimos assim e o suprimos? Jesus responde: “em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40). Quando servimos ao nosso semelhante, servimos ao próprio Rei do Universo. Porém, o texto deixa bem claro que a prontidão para servir não deve se limitar ao espaço interno da comunidade; deve visar aos pequenos, aos desagregados e excluídos em geral. O próprio Jesus não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Marcos 10.45). Ele nos ensina a servir no reino, dando abrigo às aves do céu, fazendo sombra, dando possibilidade das aves criarem seus filhotes e crescer na vida, com Deus e com seu semelhante. Servir a Deus no reino é muito abrangente e temos certos destaques de serviços concretos, tais como: serviço às mesas, ensino, liderança, trabalho pastoral e missionário, de contribuição, de misericórdia, assistência aos necessitados etc. Há vários serviços para os servos. Você já descobriu qual o seu serviço no reino de Deus? Saiba que Deus o chamou para servi-lo no seu reino, adorando, orando, com toda a sua vida, obedecendo seu chamado de todo coração, num agir novo, na missão!’
Sinopse do Tópico (3)
A missão da Igreja no mundo é proclamar o evangelho, viver a comunhão, servir a Deus e acolher o próximo.

(III. Conclusão)
Nós pertencemos ao reino para o serviço! Deus nos gerou e nos fez participantes do seu reino. A missão primordial da igreja no que diz respeito ao mundo é a proclamação do “evangelho do reino”, assim como fizeram Jesus e os seus discípulos. Corretamente entendido, esse evangelho inclui muitas coisas importantes. Em primeiro lugar, esse evangelho é um convite a indivíduos, famílias e comunidades para se reconciliarem com Deus mediante o arrependimento e a fé em Cristo. Todavia, o evangelho são as boas novas de Deus para todos os aspectos da vida, pessoal e coletiva. Assim sendo, a legítima proclamação do evangelho não vai se limitar ao aspecto religioso e à dimensão individual (experiência de conversão pessoal), mas vai mostrar o senhorio de Cristo sobre todos os aspectos da existência. Que sua vida seja uma vida de serviço a Deus e aos seus semelhantes. Que você seja sombra e um local propício para as pessoas encontrarem abrigo e direção, ‘E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido’ (Gl 6.9).
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1Jo 3.18)
N’Ele, que … não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br

Questionário
1. De acordo com a lição, cite as características do servo de Cristo.
R. Amor, compromisso e humildade.
2. Quais as marcas registradas do servo que ama a Cristo?
R. Servir a Deu se ao próximo, abnegação e diligência.
3. Que exemplo o Mestre amado deixou para os seus discípulos?
R. O exemplo do serviço.
4. Qual é a missão da Igreja nesse mundo?
R. Proclamar a Palavra de Deus, viver em comunhão, servir a Deus e ao próximo.
5. Você está disposto a servir ao Senhor e ao próximo?
R. Resposta pessoal.
Notas Bibliográficas
[1]. Adaptado de Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, nota Jo 13.13, p.1254;
[2]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Nota Jo 13.13-17, p. 1089.
[3]. Adaptado de GOWER, Ralph, Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos; Trad. Neyd Siqueira. CPAD, Rio de Janeiro, RJ; 1ª Edição, 2002; p. 245;
[4]. Dicionário VINE, CPAD; Rio de Janeiro, RJ, 1ª edição, 2002; p. 395;
[5]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Nota 1Jo 5.1-5, p. 1327;
[6]. Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Compromisso;
[7]. Extraído de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, Rio de Janeiro, RJ; Edição, 1995; Verdade em Ação nos Evangelhos Sinóticos, item 5, p. 1067;
[8]. Ibidem, nota do texto de Mc 8.34; p. 1310;
[9]. Adaptado de Teologia Sistemática – Uma Perspectiva Pentecostal, Stanley M Horton; CPAD, Rio de Janeiro, RJ; 10ª edição, 2006; p. 555;
[10]. Ibidem, p. 556;
[11]. Extraído de http://portuguese.christianpost.com/noticias/20110718/jovens-da-geracao-y-evangelismo-na-web/;
[12]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Palavra-Chave, p. 1124.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Publicado no blog Auxilio ao Mestre

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Subsídios Escola Bíblica - Lição 06 - A Eficácia do Testemunho Cristão

LIÇÃO Nº 06 - DATA: 07/08/2011
TÍTULO: “A EFICÁCIA DO TESTEMUNHO CRISTÃO”
TEXTO ÁUREO – At 1:8
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mt 5:13-16; Rm 12:1-2
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I - INTRODUÇÃO:

- O testemunho cristão começa no lar, estende-se ao trabalho e abrange todos os lugares aonde chegar a influência do crente

II - O CRENTE COMO LUZ DO MUNDO:

- No V.T., os rabinos, ao referirem-se à luz, atribuíam-na sempre a Deus, à lei, a Israel, etc.

- Assim é que Davi e seus descendentes aparecem como LÂMPADAS DE ISRAEL (II Sm 21:17 cf I Rs 11:36; 15:4; Sl 132:17; Lc 2:32) cf Fp 2:15 - SEM ESSA ILUMINAÇÃO QUE IRRADIA DO CRENTE, O MUNDO SERIA UM ABISMO DE DENSAS TREVAS. Vejamos algumas características da luz:

- (1) - A LUZ NÃO TEM PRECONCEITOS - Ela tanto brilha sobre um criminoso, como sobre uma criança inocente, sobre uma poça de lama, como sobre uma imaculada flor.

- ASSIM DEVE SER O CRENTE NO DESEMPENHO DE SUA MISSÃO DE LUZ NO MUNDO, ESPARZINDO A LUZ DO EVANGELHO DE CRISTO SOBRE TODOS OS POVOS, RAÇAS, CULTURAS, TRIBOS e INDIVÍDUOS, INDEPENDENTE DE IDADE, SEXO, COR, RELIGIÃO, PROFISSÃO E POSIÇÃO.

- (2) - A LUZ TEM QUE SER ALIMENTADA - (Mt 5:15-16) - A luz que iluminava as casas nos tempos de Jesus era de lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite. O tipo de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só - O AZEITE. A lâmpada, tendo azeite, pode arder ao luzir. Caso contrário, é o pavio que se queima e danifica a lâmpada.

- O MESMO OCORREU AO CRISTÃO VERDADEIRO. ELE DEPENDE SEMPRE DO ÓLEO DO ESPÍRITO SANTO PARA DIFUNDIR A LUZ DE CRISTO, A LUZ DO EVANGELHO; SE ELE MESMO QUISER BRILHAR ESPIRITUALMENTE, ISTO LOGO ACABARÁ, PORQUE ELE SE QUEIMARÁ. UM PAVIO SECO QUEIMA EM POUCO TEMPO.

- Jo 5:35 - Isto revela que João era um homem que tinha fogo, poder, fervor e luz da parte de Deus;

- Ex 3:2-3 cf Dt 33:6; Mc 12:26; Lc 20:37; At 7:30, 35 - É o tipo de fogo que só queima impurezas, mas conserva o que é bom cf Dn 3:21-25.

- (3) - A LUZ NÃO SE MISTURA - Mesmo que ela ilumine um monte de lixo, ou cenas repugnantes, ela prossegue incontaminada na sua missão de iluminar.

- Assim deve ser o crente: VIVER NESTE MUNDO TENEBROSO A DIFUNDIR A LUZ DE CRISTO E NÃO AS OBRAS INFRUTUOSAS DAS TREVAS (Lc 11:33-36).

- (4) - A LUZ É PROGRESSIVA - A luz de lenha; luz de óleo; luz de gás; luz incandescente, isto é, a luz elétrica; luz fluorescente.

- ASSIM DEVE O CRENTE CRESCER NA COMUNHÃO COM A LUZ DO MUNDO (Pv 4:18)

- (5) - A LUZ É SANADORA - Brilhando intensamente e sem impedimento, a luz enxuga os brejos, drena a umidade, apressa a cicatrização de ferimentos e é germicida. O ambiente escuro propicia a proliferação de males que afetam a saúde de várias maneiras (Sl 91:6) - Quando um crente contribuir para piorar as coisas aqui, ele falhou como luz do mundo.

- (6) - A LUZ É MISTERIOSA E SUTIL - Ninguém pega a luz assim como se pega o sal. A LUZ SE VÊ, MAS NÃO SE PEGA. JÁ O SAL SE PEGA, MAS NÃO SE VÊ QUANDO ELE ENTRA EM AÇÃO. Dos três raios que compõem a luz, apenas um deles é visível: O LUMÍFERO. O raio AQUECEDOR e o TRANSMISSOR SÃO INVISÍVEIS, MAS SÃO REAIS. Sem qualquer um deles, não existe luz comum. Essa triplicidade da luz aponta para o Deus trino.

- (7) - A LUZ NORMAL É MANSA E DELICADA - Ela tanto brilha sobre um rochedo sólido e inabalável como sobre uma teia de aranha, tênue e frágil, sem danificá-la.

- ASSIM DEVE SER VERSÁTIL E SÁBIO O CRENTE AO LEVAR A LUZ DE CRISTO, DO EVANGELHO, DA SALVAÇÃO, DO CONHECIMENTO DE DEUS AO PRÓXIMO.

- (8) - A LUZ AVISA - Ela avisa nos painéis de comando, nas bóias náuticas, nos medidores, nos faróis de veículos terrestres e aéreos, nas torres e nos montes, nos sinais de trânsito etc. A negligência ante um sinal desses pode ser fatal.

- Jesus compara os discípulos a UMA CIDADE EDIFICADA SOBRE UM MONTE. Mesmo que seja noite, uma pequena cidade situada em lugar alto, pode ser facilmente observada porque as fracas luzes que saem de suas modestas lamparinas tornam-se visíveis à grande distância. O crente, igualmente, deve brilhar na escuridão deste mundo através de suas obras, sua retidão, sua justiça, seu trabalho, sua espontânea subordinação ao Senhor e de tudo quanto mais possa glorificar ao Pai que está nos céus.

III - LUGARES INADEQUADOS PARA A LUZ - Mt 4:21-25:

- DEBAIXO DO ALQUEIRE - O alqueire era uma antiga medida para cereais e líquidos. O que nos importa não é o objeto em si, mas o fato de algum colocar uma candeia ou uma lâmpada debaixo de tal utensílio. Se isso acontecer, certamente a luz será apagada, visto que não haverá o ar, que contém o oxigênio, elemento necessário à combustão ou queima do pavio, formado de algodão ou de outro material apropriado para queimar e fornecer luz.

- O CRENTE EM JESUS É A LUZ DO MUNDO. Ao esconder-se, com vergonha de manifestar-se aos outros, ficará debaixo do ALQUEIRE do comodismo, do medo, da indiferença para com sua missão e perecerá, ao apagar-se, por falta do oxigênio do Espírito Santo.

- DEBAIXO DA CAMA - A candeia constituía-se de um recipiente de barro ou de metal , em que se colocava óleo ou azeite. Ele embebia um pavio, o qual, inflamado, produzia luz. Se colocada embaixo da cama, RESULTAVA EM UM DESASTRE, PODENDO PROVOCAR UM INCÊNDIO.

IV - O QUE É VELADOR? - Mt 4:21b:

- É um suporte no qual se coloca uma candeia, um lampião ou uma vela, de modo que alumie a todos. Normalmente, onde ainda existe tal utensílio, em lugares mais pobres, ele é fixado em local elevado.

- O velador é símbolo do lugar onde o crente, como luz do mundo, deve sempre estar. Esta localidade deve ser elevada moral e espiritualmente.

- Dt 28:13 - Não devemos confundir as expressões ESTAR EM CIMA e SER MAIOR, pois significam ESTAR NA POSIÇÃO MAIS ELEVADA, A DE SERVO DE DEUS, EM OBEDIÊNCIA A SUA VONTADE, COM HUMILDADE E AMOR (Lc 14:11)

V - ONDE O CRENTE DEVE BRILHAR?:

• (1) - NO MEIO DA FAMÍLIA - (Jó 31:34) - As relações familiares, no dia-a-dia, às vezes, trazem conflitos entre os cônjuges, pais e filhos e vice-versa; e irmãos carnais. O lar torna-se o palco de batalhas espirituais tremendas e desafia a fé e a firmeza do crente. Mas ele é o velador, onde a sua luz (seu testemunho) deve iluminar. (Gn 37:3-4) - Não pode haver dois tipos de comportamento, um para fora e outro para dentro do lar. Onde estiver a luz, aí estará o brilho da sua presença.

• (2) - NO TRABALHO - Cercado de colegas incrédulos, zombadores, escarnecedores, usados pelo diabo, é no ambiente de trabalho onde o cristão tem a oportunidade de brilhar ou ser apagado. PARA ILUMINAR, BASTA ESTAR CHEIO DO AZEITE DO SENHOR. PARA SER APAGADO, É SÓ FICAR DEBAIXO DO ALQUEIRE, acomodado, acuado, sem saber a maneira própria de conviver no meio profissional (Gn 39:3-6; Mt 17:24-27; Lc 20:21-25; Rm 13:7; Tg 5:1-6 cf Ef 6:5-9)

• (3) - NA ESCOLA - O ambiente escolar constitui um meio usado pelo diabo para desencaminhar muitos servos do Senhor. Professores materialistas, adeptos dos cultos aos demônios, discípulos da chamada Nova Era, alguns até homossexuais, incutem valores anticristãos entre os alunos. Jovens crentes, com medo e vergonha de manifestar sua fé, ficam DEBAIXO DO ALQUEIRE e acabam liquidados em sua fé.

- Dn 1:8, 15 - Este jovem estudou na UNIVERSIDADE DA BABILÔNIA, mas BRILHOU PARA A GLÓRIA DE DEUS.

• (4) - DIANTE DOS HOMENS - Mt 5:14-16 - Isso nos fala do testemunho em geral, não só de palavras, mas de obras do cristão, perante os homens. Muitos não conseguem brilhar diante de certas pessoas. Em lugar do óleo da unção do Espírito, deixam-se apagar pela água suja da influência dos ímpios. AS BOAS OBRAS SÃO INDISPENSÁVEIS A TODOS OS SALVOS (Ef 2:10; Tt 2:10)

• (5) - NA IGREJA - Na igreja universal, só Deus sabe, de fato, quem emite a verdadeira luz. Na igreja local, no entanto, o testemunho das pessoas evidencia o brilho de sua luz.

- O TESTEMUNHO DO VERDADEIRO CRENTE MANIFESTA-SE ATRAVÉS DO FRUTO DO ESPÍRITO (Gl 5:22) e DOS DONS ESPIRITUAIS, QUE ORNAMENTA A IGREJA (I Cor 14:1, 12)

VI - O CRENTE COMO SAL DA TERRA - Mc 9:50:

- A palavra TERRA foi empregada por Jesus literalmente como O GLOBO TERRÁQUEO, FÍSICO, CONSTITUÍDO DE NAÇÕES. É a vontade de Deus para que o crente seja um instrumento Seu a alcançar toda a Terra com o Evangelho da redenção. Observemos, algumas características do sal:

- (1) - O SAL É UM PODEROSO PRESERVATIVO DE ALIMENTOS, ele preserva e conserva, evitando a deterioração, figurando como a PUREZA. Daí, presta-se para simbolizar as ações de ordem e equilíbrio que os cristãos exercem na sociedade.

- (2) - O SAL PRODUZ SEDE - O crente como sal cria sede espiritual nos outros, e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da salvação (Mt 4:25; 8:1; 12:15; 14:14; At 2:37; 16:31)

- (3) - O SAL É INVISÍVEL QUANDO EM AÇÃO - O sal, antes de ser aplicado, é visível. Mas, ao começar a agir, temperando, preservando, torna-se invisível. O SAL AGE INVISIVELMENTE, MAS SUA AÇÃO É CLARAMENTE SENTIDA. O PESCADOR OCULTA-SE AO PESCAR, DO CONTRÁRIO, OS PEIXES FUGIRÃO.

- (4) - O SAL AJUDA A FLUTUAR - Quanto mais salgada for a água, maior flutuação proporcionará aos corpos. Por exemplo: O Mar Morto - a massa de água mais salgada do mundo. Se prestasse para o banho, nenhum banhista ali pereceria afogado, pois, que de tão salgada, a água devolve à superfície o que nela é lançado. De tão densa, ela diminui o peso específico dos corpos, fazendo-o flutuar. Um corpo afunda mais rápido na água doce do que na água salgada.

- O crente deve ter uma vida íntegra - A idéia de pureza do sal vai também somar-se à atribuição de conservação, uma vez que o mesmo, estando misturando com outros elementos, perde o seu aspecto distintivo, não mais servindo para evitar a deterioração dos alimentos.

- Além da propriedade que tem o sal de conservar alimentos, encontramos igualmente a de condimentar. Isto vem mostrar que o sincero servo de Jesus deve conservar uma vida pura, sem qualquer mistura, e comunicar ao seu redor toda a felicidade e alegria que o Evangelho proporcionar aos homens. Vemos aí patenteado, de igual modo o simbolismo da perseverança, da firmeza, da convicção e da temperança que deve ter o crente (Lc 21:19; Gl 5:22; Cl 4:5-6; Tg 5:11)

VII - COISAS QUE LEVAM O SAL A PERDER O SEU SABOR E TORNAR-SE INSÍPIDO ou INSULSO

- (1) - POUCO VENTO - O sal, para atingir o sabor ideal, necessita de bastante ventania na época de sua formação. Espiritualmente, o crente sem o vento do Espírito da vida e do poder, não subsistirá (Gn 2:7; Ct 4:16; Ez 37:9-10, 14; Jo 3:8; 20:22; At 2:2)

- (2) - POUCA LUZ - Muita luz é fundamental para a formação de um bom sal. O efeito químico da luz sobre a água em tratamento é fundamental na transformação desta em sal. Abundante luz celestial é a grande necessidade para o crente ser um bom sal.

- (3) - POUCO CALOR - Sem calor adequado, o sal em formação perderá em qualidade e se arruinará.

- UMA IGREJA ESPIRITUALMENTE FRIA, TORNA-SE INERTE, INATIVA, DECADENTE E INCAPAZ DE SER O SAL DA TERRA. Em lugar de uma tal igreja influir nos padrões de vida e práticas do mundo sem Deus, o mundo é que influirá nela pela corrupção, tal qual faz o fermento na massa.

VIII - O SAL QUE SE TORNAR INSÍPIDO PERDE TRÊS COISAS PRINCIPAIS - Mt 5:13:

• (1) - PERDE O SEU SABOR - Se o sal for insípido, com que se há de salgar?
• (2) - PERDE O SEU VALOR - Para nada mais presta
• (3) - PERDE O SEU LUGAR - Para ser lançar fora

IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• “Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada esta cidade, como vê o meu senhor, porém as águas são más, e a terra é estéril. Ele disse: Trazei-me um prato novo, e PONDE NELE SAL. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, E DEITOU SAL NELE; e disse: Assim diz o Senhor: Tornei saudáveis a estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu havia dito” – II Rs 2:19-22

• Embora o texto acima seja uma narrativa histórica, serve como analogia que nos ajuda a ver e perceber o que precisamos realizar para que as fontes amargas de morte e de esterilidade das nossas cidades sejam tratadas e curadas.

• A cidade estava bem situada! O problema estava “no manancial”, “na fonte”, que trazia agonia, dor, lágrimas, esterilidade. Estamos neste mundo, não para ser sal no sal, mas sermos sal fora do saleiro, salgando a terra e curando suas fontes que causam esterilidade, em nome de Jesus.

• A igreja foi colocada no mundo com duplo papel:
• (A) - COMO SAL, PARA INTERROMPER, OU PELO MENOS RETARDAR, O PROCESSO DA CORRUPÇÃO SOCIAL; e
• (B) - COMO LUZ, PARA DESFAZER AS TREVAS.
• Por tudo isso, observemos e cumpramos o que disse Jesus:
• - “VÓS SOIS O SAL DA TERRA…”; - Mt 5:13a;
• - “VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO…”; - Mt 5:14a;
• - “… RESPLANDEÇA A VOSSA LUZ DIANTE DOS HOMENS…” - Mt 5:16a;
• - “… TENDE SAL EM VÓS MESMOS…” - Mc 9:50b

FONTES DE CONSULTA:

1) Lições Bíblicas Maturidade Cristã - Ed. CPAD - 2º Trimestre de 1988 - Comentário: Equipe da DEC/DPU
2) Idem - idem - 4º Trimestre de 1994 - Comentário: Elinaldo Renovato de Lima
3) Idem - idem - 1º Trimestre de 1996 - Comentário: Geremias do Couto
4) Idem - idem - 4º Trimestre de 1996 - Comentário: Antônio Gilberto
5) A Bíblia Fala Hoje - A Mensagem do Sermão do Monte - ABU EDITORA - Autor: John R. W. Stott
6) Tesouro de Conhecimento Bíblico - Ed CPAD - Autor: Emílio Conde
7) A Bíblia Vida Nova - Edições Vida Nova
Sal fora do saleiro – Vinde Comunicações – Caio Fábio
Publicado no blog Escola Biblica Dominical para Todos
Postagem: Aux. Willamis Dilermando

sábado, 30 de julho de 2011

Subsídios Escola Bíblica - Lição 05 - O Reino de Deus na Terra

LIÇÃO 05 - O REINO DE DEUS ATRAVÉS DA IGREJA

INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos que o principal representante do Reino de Deus aqui na Terra é a Igreja. Sabemos que o Reino vai além dela, pois esta teve sua inauguração no dia de Pentecostes e atingirá o ápice de sua glorificação quando do arrebatamento, ao passo que o Reino de Deus já existia antes dela, principalmente por meio de Israel, e continuará a existir após o arrebatamento, no Reino Milenial e na eternidade.

I - O REINO DE DEUS E A IGREJA

No Antigo Testamento, Deus mandou levantar o tabernáculo para habitar com o seu povo: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Ex 25.8). Ele encheu-o com a Sua glória (Ex 40.34). Também o templo foi levantado com a mesma finalidade (I Rs 6.11-13) e Deus prometeu que os seus olhos e o seu coração estariam ali para sempre (I Rs 9.3-5). Já no Novo Testamento, Deus prometeu fazer da Igreja a sua morada (Ef 2.21,22; I Co 3.16). Jesus afirmou que onde estivessem dois ou três reunidos no seu nome, ele ali estaria (Mt 18.20). É importante traçarmos este paralelo entre a Antiga e a Nova Aliança, no que diz respeito a representação do Reino de Deus.

Vejamos as similaridades de dois textos notáveis:

ISRAEL (Ex 19.5,6)

IGREJA (I Pe 2.9)

Propriedade peculiar

Propriedade peculiar

Reino sacerdotal

Reino sacerdotal

Nação santa

Nação santa

A nação deveria levar o conhecimento do Senhor

perante as demais nações

A Igreja do Senhor também deve anunciar as virtudes do

Senhor Jesus Cristo em todos os lugares

Israel falhou no seu propósito, e o conhecimento de



Deus ficou mais restrito aos hebreus

A Igreja não falhou no seu propósito e continua

espalhando o conhecimento do Senhor entre as nações



Apesar das muitas semelhanças, podemos mencionar duas diferenças principais entre Israel e a Igreja:

a) O sacerdócio no Antigo Pacto era restrito a uma minoria qualificada. Sua atividade distintiva era oferecer sacrifícios a Deus em prol do seu povo e comunicar-se diretamente com o Senhor (Ex 28.1; II Cr 29.11). Agora, por meio de Cristo, todo crente é constituído sacerdote para serviço de Deus (Ap 1.6; 5.10).

Isso significa que todo cristão tem acesso direto a Deus, através de Cristo (I Pe 3.18; Jo 14.6; Ef 2.18), deve viver em santificação (I Pe 1.14-17), deve oferecer sacrifícios espirituais (Rm 12.1,2; Fp 2.17; 4.18; Hb 13.15), deve interceder uns pelos outros (Cl 4.12; I Tm 2.1) e devem proclamar a Palavra (At 4.31; I Pe 3.15).

b) A expansão do Reino quando o seu representante era tão somente Israel quase não aconteceu. Dentre outros motivos, estava o sentimento de exclusivismo por parte dos judeus, o que os impedia de romper as fronteiras e as culturas das demais nações (Rm 9.1-8). Já o crescimento da Igreja e, consequentemente, do Reino se dá exponencialmente:

At 2.41. Quase três mil almas;
At 4.4. Quase cinco mil almas;
At 5.14. A multidão cresce mais e mais;
At 13-28. Através das viagens missionárias, o Reino de Deus torna-se conhecido até além do vastíssimo Império Romano;
Hoje, mediante a obra missionária e o avanço tecnológico, a Igreja prega a mensagem da Palavra de Deus de forma intercontinental, sendo ela composta de pessoas de todas as raças, línguas, tribos e nações
Não nos esqueçamos de que a Igreja é a principal representante do Reino de Deus na atual dispensação, porém este vai além daquela, uma vez que já existia antes dela e continuará existindo após o seu arrebatamento.

II - O REINO DE DEUS PRESENTE NA IGREJA

Analisemos as três vias principais da presença do Reino de Deus na Igreja:

2.1 Na pregação cristocêntrica. Desde os primórdios a Igreja anuncia a Cristo incessantemente. Vemos isso já nos sermões dos apóstolos registrados no livro de Atos. Destaquemos alguns pontos de alguns sermões. Iniciemos com o sermão de Pedro no capítulo 2:

vs.22 - Jesus é apresentado como aprovado por Deus e realizador de milagres e maravilhas;
vs.23 - Jesus é mencionado como alguém que foi injustiçado;
vs.24 - Jesus foi ressuscitado por Deus e mostrou senhorio sobre a morte;
vs.25-28 - Jesus é o cumprimento de profecias veterotestamentárias;
vs.32 - Jesus é digno de testemunho;
vs.33 - Jesus foi exaltado pelo Pai e é apresentado como o que derrama o Espírito Santo;
vs.34 - Jesus é o Senhor do rei Davi;
vs.35 - Jesus é Senhor e Cristo.
Vejamos também o sermão de Paulo no capítulo 13:

vs.23 - Jesus é o descendente de Davi e o Salvador de Israel;
vs.25 - Jesus é digno de muitas honrarias;
vs.27-29 - Jesus sofreu uma morte injusta, porém necessária;
vs.30 - Jesus ressuscitou dos mortos;
vs.33,35 - O livro dos Salmos testifica de Cristo;
vs.36 - Jesus é incorruptível;
vs.38 - Jesus é remidor de pecados;
vs.39 - Jesus é o único justificador.
Não podemos fazer diferente. Jesus deve ser o centro de toda mensagem bíblica. Ele encarnou, viveu neste mundo, morreu na cruz do calvário para garantir-nos a redenção, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céus e reina a direita de Deus. E continua salvando, curando, batizando com o Espírito Santo, preparando o homem e virar buscar os seus em breve.

2.2 Na comunhão. O apóstolo Paulo afirmou que o Reino de Deus consiste em justiça, paz e alegria (Rm 14.17), isso implica necessariamente numa maravilhosa comunhão entre os seus integrantes. Tal comunhão, porém, só é possível devido a ação do amor de Deus, que foi derramado em nossas vidas por meio do Espírito Santo (Rm 5.5; I Jo 1.3). A nossa comunhão com Deus possibilita a comunhão com o próximo. Uma depende da outra (I Jo 1.7).

Lembremos que a Igreja é o Corpo de Cristo, cujos membros estão bem ligados e ajustados, mantendo um relacionamento contínuo de interdependência e cumplicidade (I Co 12.12-26). Estamos fortemente vinculados pelo amor (Cl 3.14), de forma que sentimos todos uma mesma coisa (I Co 12.26), alegrando-nos com os que se alegram e chorando com os que choram (Rm 12.15). A comunhão perfeita entre os crentes é um dos principais agentes de proclamação para o mundo (Jo 13.35).

2.3 Nas Boas Obras. O apóstolo Paulo nos diz que a salvação não é alcançada pelas obras (Ef. 2.9), porém todo salvo deve praticá-la : “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Trata-se de uma forma eficaz de proclamação da mensagem do evangelho (Mt 5.16). Tal qual Dorcas, o crente deve ser “cheio de boas obras e esmolas” (At 9.36).

Tiago foi enfático ao dizer que é impossível continuar professando a fé em Cristo sem a prática de boas obras, já que estas são uma expressão daquela (Tg 2.14-26). Atentemos para a recomendação paulina registrada em Gl 6.10: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos na fé”.

CONCLUSÃO

A Igreja é parte integrante do Reino de Deus e segue firme e inabalável na sua marcha rumo aos céus.

Muitos mais do que na Antiga Aliança, “os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mt 11.5).

REFERÊNCIAS

_ Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. Ed Cpad;

_ Teologia Sistemática. Eurico Bergstén; Cpad;

_ Teologia Sistemática. Stanley Horton; Cpad;

_ Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Myer Pearlman; Vida Acadêmica.



Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação